A tributação para indústrias no Simples Nacional é uma das alternativas mais buscadas por empresas de pequeno e médio porte, devido à simplificação e redução de encargos fiscais que o regime proporciona.

No entanto, é fundamental entender como funciona esse sistema para garantir que a indústria esteja aproveitando corretamente todos os benefícios fiscais e a menor carga tributária possível.

Neste artigo, vamos detalhar como funciona a tributação para indústrias que optam pelo Simples Nacional, abordando as alíquotas, as obrigações e as vantagens desse regime.

O que é o Simples Nacional?

O Simples Nacional é um regime de tributação simplificado criado para facilitar o pagamento de impostos por microempresas e empresas de pequeno porte.

A principal característica desse regime é a unificação de tributos federais, estaduais e municipais em uma única guia de pagamento, o Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS).

Indústrias no Simples Nacional podem usufruir dessa simplificação, o que torna a gestão tributária mais fácil e menos onerosa.

Empresas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões podem optar por esse regime, que oferece alíquotas progressivas de acordo com o faturamento e a atividade econômica.

Quais são os impostos pagos por indústrias no Simples Nacional?

As indústrias no Simples Nacional recolhem sete impostos em uma única guia de pagamento (DAS), o que facilita o processo de gestão tributária. Esses tributos são:

  • IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica): imposto federal sobre o faturamento da empresa.
  • CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido): tributo federal que também incide sobre o faturamento.
  • PIS/Pasep (Programa de Integração Social e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público): contribuições federais que financiam programas de seguridade social.
  • Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social): tributo federal que financia a seguridade social.
  • IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados): imposto federal que incide sobre a fabricação de produtos.
  • ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços): imposto estadual que incide sobre a comercialização de mercadorias.
  • CPP (Contribuição Patronal Previdenciária): contribuição destinada à Previdência Social.

A unificação desses tributos simplifica a rotina das indústrias no Simples Nacional, já que todos os impostos são pagos em uma única guia mensal, evitando a necessidade de cálculos e pagamentos separados para cada tributo.

Como são calculadas as alíquotas para indústrias no Simples Nacional?

As alíquotas no Simples Nacional variam conforme o faturamento anual da indústria. De acordo com a legislação em vigor, as indústrias estão enquadradas no Anexo II do Simples Nacional, que abrange atividades industriais e tem alíquotas iniciais de 4,5% para empresas com faturamento anual de até R$ 180 mil.

À medida que o faturamento aumenta, a alíquota também sobe, chegando a 30% para indústrias com faturamento próximo ao limite de R$ 4,8 milhões anuais, sem considerar as deduções do regime.

A tabela do Anexo II segue uma progressão, ou seja, as alíquotas crescem conforme o aumento do faturamento, mas a indústria paga o imposto apenas sobre a faixa de faturamento correspondente.

Dessa forma, empresas menores pagam menos impostos, o que torna o regime mais acessível e atrativo para pequenas indústrias.

Benefícios do Simples Nacional para indústrias

O principal benefício para as indústrias no Simples Nacional é a simplificação do processo de pagamento de tributos.

A unificação dos impostos em uma única guia facilita a gestão financeira da empresa e reduz a burocracia associada ao cumprimento das obrigações fiscais.

Outro ponto positivo é a redução da carga tributária. As alíquotas do Simples Nacional são mais baixas do que aquelas aplicadas em outros regimes de tributação, como o Lucro Real ou o Lucro Presumido.

Na prática, isso pode representar uma economia significativa, especialmente para pequenas indústrias que operam com margens de lucro menores.

Além disso, o Simples Nacional oferece facilidade no cumprimento das obrigações acessórias. Por isso, empresas enquadradas nesse regime devem apresentar menos declarações fiscais.

Desvantagens do Simples Nacional para indústrias

Apesar de suas vantagens, o regime do Simples Nacional também apresenta algumas limitações para as indústrias no Simples Nacional.

Uma das principais desvantagens é o limite de faturamento, que atualmente é de R$ 4,8 milhões anuais. Indústrias que ultrapassam esse valor precisam migrar para outro regime tributário, como o Lucro Presumido ou o Lucro Real, que possuem regras mais complexas e alíquotas mais elevadas.

Outro ponto que merece atenção é que o Simples Nacional não permite o aproveitamento de créditos de ICMS e IPI, algo que pode ser vantajoso para empresas que compram grandes quantidades de insumos.

Indústrias que exportam ou que atuam com volumes elevados de insumos podem se beneficiar mais de regimes como o Lucro Real, onde é possível deduzir esses créditos fiscais.

Por fim, as indústrias no Simples Nacional podem enfrentar dificuldades para crescer, pois o regime é mais adequado para pequenas empresas. À medida que o faturamento e a operação crescem, a carga tributária também aumenta, e o Simples Nacional pode deixar de ser a melhor opção.

Simples Nacional x Lucro Presumido: qual é melhor para indústrias?

A escolha entre o Simples Nacional e o Lucro Presumido é uma decisão estratégica para as indústrias que desejam otimizar seus tributos.

O Simples Nacional é a melhor escolha para pequenas indústrias, especialmente aquelas com faturamento baixo e poucas despesas operacionais.

Por outro lado, o Lucro Presumido pode ser mais vantajoso para indústrias que possuem uma margem de lucro elevada ou que operam com volumes grandes de insumos, pois permite o aproveitamento de créditos de impostos, como o ICMS e o IPI.

No entanto, o Lucro Presumido exige uma gestão contábil mais rigorosa e uma estrutura financeira mais robusta, o que pode aumentar os custos operacionais da empresa.

Conclusão: Vale a pena para indústrias optar pelo Simples Nacional?

Para boa parte das pequenas indústrias, o Simples Nacional é a melhor opção devido à simplificação do processo tributário e à redução da carga fiscal. No entanto, é essencial realizar uma análise detalhada das operações da empresa para garantir que o regime seja realmente o mais adequado.

Se você está considerando optar pelo Simples Nacional para sua indústria ou se deseja reavaliar a estratégia tributária do seu negócio, entre em contato com o time da Contplan Contabilidade.

Nossa equipe especializada em tributação para indústrias pode ajudar você a escolher o melhor regime tributário e a otimizar a gestão financeira da sua empresa.

 



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